Não é que estivesse a precisar de ocupar o tempo, felizmente, mas esta cabeça não pára enquanto não arruma as ideias (certas ideias).

Já disse e continuo a dizer que o blog é um espaço extremamente pessoal, bem diferente de um "site". Ainda que muita gente confunda as coisas e as torne em simples máquinas de fazer dinheiro. Mas isso é conversa para outro assunto... Por isso, mesmo que a escrita te salve a identidade havia algo n' O Doméstico que não salvava completamente a minha.

Desde que "relancei" o blog com o layout actual (e não foi assim há tanto tempo - 4 meses), questionava-me sobre não bater a bota com a perdigota. Só faltava saber o quê, especificamente. A ser verdade é que o logotipo nunca me convenceu nos seus francos 100%. E se tudo o resto reinava segundo as expectativas, tinha, portanto, encontrado o responsável por tanta enxaqueca.

Aquelas letras (para mim diferentes, para ti vulgares) colocavam-me numa fasquia de igualdade que eu condenava. Depois, o jogo visual cansava qualquer interpretação. Era tão pouco "Eu" ali expresso!!! Caramba! Tinha despontado em mim uma feliz insatisfação.

Sem saladas russas que esfriassem o blog (porque já não havia nada para esfriar), foquei-me em riscos e rabiscos com a certeza que seria o movimento do meu pulso aqui vincado, ou quase. Não fosse eu ter-me apaixonado por um tipo de letra que encontrei na internet. Portanto, a ideia seria estudar a minha caligrafia e adaptá-la. A saber, por experiência, que nada sai bem "à primeira", quase que desesperei entre as acumuladas 25 páginas de esboços (superei-me). Mas a coisa deu frutos.

Parei ali. No momento em que pousei a caneta e bati palmas a dizer: "É isto Pedro! Pára lá com o sadismo!" Digitalizei, fotografei, vectorizei, corrigi e, quando dei por mim, tinha acabado de trazer ao mundo (ao meu, talvez) uma marca renascida. Sem "&Co." nem trocadilhos desnecessários porque diziam-me, no outro dia: "É um nome forte!".

Mais? Acho que não preciso de acrescentar.

Sou-te grato,

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